Carta à um Velho Amigo - Jesus Cristo

O que afinal de contas é a esperança, quando tudo está sem cor? Em que acreditar quanto as pessoas que nos rodeiam vivem na mentira, esquecendo de quem são e de onde vieram? O que esperar do amanhã, se cada dia que amanhece transpira individualismo, egoísmo e solidão? Em quem confiar, se quase ninguém mais confia sequer em si mesmo? Velho amigo, hoje sei o quanto vale nossa amizade, amadureci sofrendo, cresci caindo, quem diria... Sou grato a cada momento de decepção que a vida me deu, aprendi que não importam quantos tombos a vida nos dá, mas sim quantas vezes somos guerreiros pra suportar a dor e o desânimo, e levantar pra de cabeça erguida, prosseguir, recomeçar...
Grande amigo, você me ensinou que são nestes dias de tempestade, que olhamos nossa própria fragilidade, e percebemos o quanto somos pequenos, diante da grandeza do reino que construiu para o mundo.
São nos dias de “mar em fúria” que enxergamos que muitos choram assim como nós. E que mesmo atravessando vales escuros sob dores lancinantes, ainda assim possuem a nobreza e amor que falta ao mundo, carregando consigo a capacidade de nos estender a mão...
Obrigado senhor, pelos meus problemas, obrigado amigo por me ensinar todos os dias, que a beleza da vida está escondida nos obstáculos que nos opõem pelo caminho... Se buscarmos um prêmio somente no final da jornada, perderemos a chance de viver, e o que procuramos está durante o trajeto, e não próximas do fim.









Danilo Rosado Pinezi